terça-feira, 18 de junho de 2019

Pedido de goleiro Bruno para ir para o semiaberto será julgado nesta 4ª em BH

Condenado por mandar matar Eliza Samudio, Bruno cumpre pena na Apac de Varginha
Condenado por mandar matar Eliza Samudio, Bruno cumpre pena na Apac de Varginha

A Justiça mineira decidirá nesta quarta-feira (19) se o goleiro Bruno Fernandes tem direito a progressão de pena para o regime semiaberto. A defesa do ex-atleta, que foi condenado em 2010 por orquestrar a morte da ex-namorada Eliza Samudio, também tenta anular uma condenação dele por falta grave.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a sessão ocorrerá na quarta-feira (19), na sede do órgão, na avenida Afonso Pena, no Centro de BH, a partir das 13h30. O julgamento será presidido pelo desembargador Doorgal Andrada e o goleiro Bruno, que está preso em Varginha, no Sul de Minas, não irá comparecer. Para o procedimento é necessário apenas a presença dos advogados do réu.

Falta grave

Em fevereiro deste ano, o goleiro Bruno foi condenado por utilizar telefone celular e marcar encontro com mulheres nas dependências da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), em Varginha, onde cumpre pena. O encontro de Bruno com "as meninas", como diz o processo, aconteceu em 18 de outubro de 2018 e foi registrado por câmeras de uma emissora de TV. No mês seguinte, o Conselho Disciplinar do Presídio de Varginha inocentou o goleiro. Mas o caso seguiu em julgamento e o juiz Tarciso Moreira de Souza, da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha, identificou que houve a falta.

Com a condenação, o magistrado revogou a autorização para que Bruno trabalhe fora do presídio, declarou a perda de um sexto dos dias remidos e pediu a transferência do ex-atleta para Belo Horizonte. Com a punição, Bruno também perdeu o direito de pedir progressão de pena.

Semiaberto

Se conseguir derrubar a condenação por falta grave, a defesa do ex-atleta poderá solicitar que Bruno volte para o regime semiaberto, quando o presidiário deixa a prisão durante o dia e retorna à noite. A defesa do goleiro não foi encontrada pela reportagem para comentar sobre o caso.

O caso

Bruno foi condenado, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-namorada, ocultação do cadáver e sequestro e cárcere privado do filho. Ele chegou a ficar dois meses em liberdade, por causa de uma liminar, entre fevereiro e abril deste ano. Durante o período, atuou pelo Boa Esporte, de Varginha, que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro de futebol.

Eliza Samudio desapareceu em 2010 e o corpo dela nunca foi achado. Ela tinha 25 anos na época e era mãe do filho recém-nascido do goleiro. Na ocasião, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Hoje em Dia

Nenhum comentário:

Postar um comentário