Sob pressão, governo de Minas admite defasagem salarial de policiais e propõe início de reposição em setembro de 2020, sem definir índice. Categoria rejeita e marca novo protesto
Milhares de agentes de segurança foram às ruas na tarde e noite de ontem para reivindicar, junto ao governo estadual, reajustes salariais e pagamento de benefícios, mas tudo terminou em impasse. Os protestos, que tomaram os entornos da Cidade Administrativa no Bairro Serra Verde, na Região de Venda Nova, tinham duas principais pautas: o aumento dos vencimentos de acordo com a inflação e a quitação de direitos adquiridos, como ajuda de custo e férias-prêmio. Sob pressão, a gestão Romeu Zema (Novo) se comprometeu a apresentar um cronograma para atender as demandas da categoria.
Os manifestantes se mantiveram mobilizados e por volta das 21h veio a proposta: reposições a serem iniciadas a partir de setembro de 2020, em índices ainda indefinidos.
Os agentes rejeitaram e marcaram nova mobilização para o dia 19, quinta-feira. Por meio de nota, o governo reafirmou o compromisso de repor as perdas, mas destacou que “infelizmente não é possível iniciar esse cronograma imediatamente”. E argumentou: “Um aumento das despesas do Estado representaria agravar a falta de medicamentos para a população, precarizar ainda mais a prestação de serviços nas áreas de educação e na própria segurança pública.
Secretários levaram a proposta de helicóptero até as mãos de Zema, prevendo pagamentos em setembro de 2020, igual mês de 2021 e 2022 e março de 2023. Sem um acordo, segundo o deputado estadual Sargento Rodrigues, as pautas do governo serão travadas na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). "O governo se comprometeu a repôr as perdas, inclusive com inflação, daqui para frente. Mas a proposta é inaceitável, porque não deu índice nenhum.
O início da reposição seria em setembro de 2020. Nós não temos condições de esperar mais", disse Domingos de Mendonça tenente-coronel da reserva da PM, que coordena o movimento de defesa dos direitos dos operadores de segurança pública.
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